Vivemos num tempo em que títulos e certificados se tornaram moeda de valor. O que antes era símbolo de formação, hoje virou selo de aceitação. O mercado exige, as instituições cobram, e a sociedade aplaude quem ostenta uma lista extensa de cursos, selos e diplomas. A certificação, em muitas áreas, deixou de ser um marco de conhecimento e passou a ser um ciclo de renovação constante — caro, cansativo e, por vezes, cruel.
É um sistema que finge premiar o mérito, mas que muitas vezes esquece de valorizar o ser humano por trás do título. Não garante empregabilidade, nem dignidade. É como se o esforço investido em se qualificar fosse um fim em si mesmo, um passaporte para uma promessa que quase nunca se cumpre.
E quando a porta não se abre, mesmo com todas as exigências cumpridas, o sentimento de frustração se instala. Surge a dúvida: “O que mais falta para ser aceito? Para ser útil? Para ser reconhecido?”
Eu sei o que é isso. Eu vivo isso. E é exatamente por isso que escrevo.
Depois de anos investindo em capacitações e formações, percebo algo que vai além da crítica — trata-se de uma constatação espiritual: Não são as minhas qualificações acadêmicas ou certificações que me definem, ou que sustentam a minha esperança.
Porque nenhuma certificação neste mundo, por mais prestigiada que seja, pode garantir o que realmente importa: vida, paz, propósito e salvação.
A Indústria da Insegurança
Muitas certificações têm validade limitada. A cada dois ou três anos, você precisa renovar. Pagar de novo. Provar de novo. Atualizar. Como se o conhecimento e a experiência que você acumulou durante a vida pudessem expirar como um produto na prateleira.
E se você está desempregado? Não importa. O sistema não espera. Pague, renove, continue. Se não tiver como manter, perde tudo. É um modelo que lucra com a insegurança, que se alimenta da ansiedade de quem só quer trabalhar com dignidade.
Mas o mais preocupante é que nada disso garante retorno. Você pode acumular diplomas e ainda assim continuar invisível para as oportunidades. O sistema cobra títulos, mas não oferece sustento. Ele exige excelência, mas se recusa a recompensá-la com estabilidade.
A verdade é dura, mas precisa ser dita: vivemos uma distorção onde a qualificação se tornou produto e o profissional, consumidor de um ciclo sem fim.
A Única Certificação que Importa
Em meio a tudo isso, encontrei um alívio. Não em mais uma credencial, mas em uma verdade eterna:
Existe uma única certificação que jamais expira. Uma única que foi paga em seu valor mais alto e que não pode ser comprada — a salvação em Jesus Cristo.
Essa sim é a credencial que me define. Que sustenta meu coração. Que não depende de taxa de renovação, nem de validação externa.
Ela foi conquistada por meio do sangue derramado na cruz. O certificado foi assinado com cravos. Registrado não em plataformas digitais, mas no Livro da Vida. E é gratuito — embora tenha custado tudo a quem nos amou primeiro.
Não há aprovação maior do que ouvir de Deus:
“Você é meu. Eu te conheço pelo nome.”
Meu convite a você
Se você chegou até aqui cansado de correr atrás de aceitação…
Se já acumulou prêmios e ainda se sente vazio…
Se não sabe mais como provar que tem valor…
Eu te convido a parar. A respirar. E a ouvir a voz do Salvador que diz:
“Vinde a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28)
Ele não exige pré-requisitos.
Ele não pede comprovantes.
Ele só quer o seu coração.
A única certificação que verdadeiramente importa é ter o nome escrito no Livro da Vida.
E esse é o título que ninguém pode tirar.
Não tem validade.
Não tem custo.
Tem graça.
Epílogo: Onde está o meu coração
Hoje, mais do que nunca, afirmo com convicção:
✔️ Não são minhas formações que me garantem valor.
✔️ Não são os selos que sustentam minha esperança.
✔️ É Jesus. Somente Ele.
Se há um título pelo qual vale a pena lutar, é o de ser filho de Deus, redimido pela cruz, selado com o Espírito Santo e comprometido com a verdade.
Esse é o certificado eterno. E Jesus já pagou o preço por ele.
Minha resposta?
Reconhecê-lo como único, suficiente, exclusivo e eterno Salvador e Senhor.
Esse é o maior tesouro.
E é aí que está o meu coração.
“Fixemos os olhos em Jesus, o autor e consumador da nossa fé.” (Hebreus 12:2 – NAA)
📚 Referência no formato APA (7ª edição):
Vieira, M. F. (2025). A certificação que realmente importa [Artigo]. Zenodo. https://doi.org/10.5281/zenodo.15570305
📚 Referência no formato ABNT (NBR 6023:2018):
VIEIRA, Marconi Fábio. A certificação que realmente importa. Zenodo, 2025. Disponível em: https://doi.org/10.5281/zenodo.15570305. Acesso em: 1 jun. 2025.
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